Se existe possibilidade de um conceito, a fim de abarcar o caráter múltiplo da musicalidade bertiniana, este conceito diria: é piracicabana. Sua música expressa os [des]caminhos da cidade de Piracicaba, uma das mais romântica do interior do Estado de São Paulo. Como um Rio que atravessa existências, fala do estado de espírito do interiorano, do boêmio interiorano, do amante interiorano e das raízes interioranas de uma boemia trôpega, de botequins antigos.
André Bertini é, essencialmente, piracicabano. Filósofo, compositor popular, instrumentista. Integrante do “Núcleo Musical Xô Segunda” e do “Projeto Raizeiro”, em ambos dedicando-se à pesquisa e à composição do Samba Raiz. Figura, ainda, entre os fundadores do “Bloco dos Boçais”, bloco carnavalesco piracicabano. Suas canções foram já registradas por Eliane Faria, JucaFerreira, Saulo Ligo, Alessandro Penezzi, entre outros.
Em 2013, lança seu primeiro disco, “Fio de Bigode”, em parceria com o SESC Piracicaba, disco pré-selecionado ao Prêmio Vale, uma das maiores premiações da Música Popular Brasileira.
No ano de 2014, obteve menção honrosa em premiação organizada pelo site Embrulhador, plataforma de fomento à música brasileira contemporânea.
Ao longo dos anos, participou de inúmeros festivais, tendo sido finalista no Festival da Canção de Rio Claro, onde interpretou, ao lado de Pitu Protti a canção “Marcha do Sétimo Pecado”. Em 2013, foi semifinalista do Festival EXPOSAMBA, organizado pela EPTV Campinas, onde defendeu o samba “Flores para Iansã”, em parceria com Nuno Moraes.
Em O que deu no bicho, produzido em parceria com Emílio Moreira, André Bertini apresenta sua complexidade musical. O grande leque de sua sonoridade se apresenta ali nos diversos campos de sua condição piracicabana. São sambas, são violas caipiras, são rezas a Santo Onofre.
Em tudo, Bertini demonstra dominar a alma que circula as ruas, avenidas e vielas piracicabanas. Participam do disco Emílio Moreira, Saulo Ligo, Xeina Barros, Rui Kleiner, Paulinho Leme, Fernando Caselato, Eliezer Silva, Jéssica Areias, Nuno Moraes, Estela Manfrinato e Otoniel “Legal” Aleixo.
BIOGRAFIA
